terça-feira, 7 de outubro de 2008

Votação Eletrônica - Instrumento de aferição de votos

A votação eletrônica, instrumento inequívoco de contagem de votos, porque seguro e auditável, divide opiniões.

Quem a questiona o faz por temê-la alienante, porque teria o condão de esvaziar os espaços de discussão, eliminando a possibilidade da construção dialética de posições políticas da categoria. Além disso, sendo os filiados do Sinal servidores da ativa, aposentados e pensionistas, o primeiro segmento, por inserido digitalmente, seria o condutor das decisões de uma categoria que compreende um universo muito mais amplo. Seria uma forma de alijar a representação de segmentos que, embora não acompanhem mais o dia-a-dia do Sindicato e da Instituição, merecem consideração e representação.

Já quem a aplaude visualiza a possibilidade de uma democracia direta, de viabilizar a consulta direta à categoria em temas que lhe afetam ou que lhe são por demais caros para serem decididos por terceiros, ainda que eleitos diretamente. Quem pretende difundir o uso desse instrumento se orienta pela transparência do processo decisório.

Essa é uma síntese bastante simplória da utilização do instrumento. Os defensores de uma ou de outra corrente poderão encaminhar seus comentários, para que, ao final, superemos essa caracterização que reconhecemos simplificadora.

Ao tempo em que saudamos os servidores do Banco Central, conclamamos os colegas à discussão!

A coordenação

2 comentários:

XXII AND DO SINAL disse...

A consulta pública sempre foi necessária para que os líderes conhecessem a opinião de seus liderados. Desde a Grécia antiga isso vem sendo feito de uma forma ou de outra. Os líderes democráticos procuram encaminhar todas as questões e encontrar as soluções desejadas pelos seus liderados. Os lideres ditatoriais tomam as decisões e obrigam seus liderados a cumprí-las. Entre esses dois extremos encontramos todos os demais líderes. Cabe aos líderes do Sinal encontrarem seus lugares nesse espaço. Uns preferem ficar mais perto dos democratas. Outros preferem se aproximar dos ditadores.
A VE não tem nada a ver com a posição de liderança de cada um. É apenas um sistema de verificação da opinião das pessoas. Se bem conduzido pode permitir aos liderados que expressem suas opiniões. Também se constitui em importante ferramenta dos líderes para a tomada de decisões. Pode ser utilizada pelos democratas para fazer o que deseja sua base. Apresenta alguns riscos, entretanto: se não houver transparência em sua utilização pode ser utilizada pelos ditadores para mapear a oposição visando sua eliminação.
Falarei da transparência em outra postagem.
Conclui-se que o problema não está na qualidade do Sistema de Votação...
Está na qualidade dos líderes.
Abraços
José Manoel

Anônimo disse...

Num mundo ideal, teríamos nossos mais de 6000 filiados elegendo e acompanhando o trabalho de seus delegados durante a AND. Uma base participativa é a nossa meta. Precisamos é descobrir caminhos para tal feito.
Um exemplo hoje é a votação do Regulamento do PASBC, assunto que deveria interessar a todos, mas veremos quantos votantes exerceram o seu direito!
Plebiscitos, pesquisas de opinião, VE, votações, blogs, são ferramentas, meios de aproximação, de ampliar a possibilidade de participação e o que vemos? 20% participando. Podemos dizer que é representativo?
Podemos conclamar que estamos refletindo a vontade da base? Dos filiados?

Precisamos introduzir regras para a aferição via VE, um mínimo de votos, quórum, uma diferença aceitável de votos entre os itens para declararmos o item como vontade expressa ou como um item a ser melhor discutido.

Aguardamos contribuições!

A coordenação